Nem sonhando é que, a maioria dos deputados, pensam na melhor maneira de representar o povo na Câmara. O que eles pensam, na realidade, cada um com seus botões, “eu sou o melhor representante do povo porque sou eu”. Ponto. Este seria o meu pensamento íntimo se deputado fosse. Claro está, que procuraria no dicionário meia dúzia de palavras bonitas e sobre estas discursarei diuturnamente.
No caso específico de junho de 2017 se faz necessária uma reforma do sistema eleitoral para reforçar as instituições democráticas, abaladas por escândalos diários. Nos tempos idos, um, somente um dos escândalos atuais, teria derrubado um governo.
E agora, já faz quase um ano, os escândalos da magnitude e hediondez capazes de derrubar governos, são quase diários e se quisermos retirar sábado e domingo podemos dizer com certeza que escândalo tipo “derruba governo” são diários. São diários… e já vai mais de um ano…
O tópico do título porém, é sobre o porquê a maioria dos deputados não deseja o voto distrital.
Eis os argumentos basilares:
No caso do PT, PC do B, PSOL e não sei mais quem, a briga será de foice e martelo, mas sempre briga será.
Com a proposta “lista fechada”, isto é, o voto de curral, a briga será mais feia.
Os eleitos serão só os primeiros da lista e fim de papo.
No sistema atual de semicurral, o voto preferencial, a um dado deputado podia fazer avançar alguém na classificação geral, seriam os votos a um candidato da lista específica, derivado de uma dada postura na Câmara, ou por discurso específico, ou até, voto por ser, o deputado, de torrão natio. Enfim, estes votos ajudariam na escalada dentro dos votos dados ao partido. É pouco, mas já é alguma coisa.
O voto da lista fechada eliminou esta mínima prerrogativa do eleitor. É a secretaria do Partido (os caciques) quem vão definir os primeiros da fila e os que serão somente figurantes.
Junta-se a “lista fechada” o voto obrigatório e o fundo partidário e está feito o jogo; o jogo do pior mundo possível.
Veja, você é obrigado a votar, e votará para um sujeito que, tentará convencer-te a votar nele, com uma propaganda que você tem que pagar.
A dita “Propaganda Gratuita” é gratuita para o candidato, não para você pagador de imposto. Resumindo:
Pague para ser obrigado a votar num candidato praticamente desconhecido… 7,5 segundos na TV… A maioria dos votantes brasileiros não sabe quem é o seu representante na Câmara.
E como seria o voto distrital?
Bem, para começar, as campanhas com o sistema de voto distrital puro, são bem mais baratas; cerca de 20% do sistema atual.
O primeiro benefício é de que não é preciso, como a maioria dos deputados da Câmara quer, aumentar o Fundo Partidário, mas sim, pode-se reduzí-lo.
A redução do custo da campanha eleitoral é sim, um benefício, na insignificante antes aspectos fundamentais e relevantíssimos que passo a citar.
Então eleitor brasileiro o que vai?
O voto de curral ou o voto distrital?